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Postado Por : Os Caras de Pau do Vestibular
sábado, 1 de setembro de 2012
Formação:
Graduado em Licenciatura Plena em Letras – Habilitação: Português/Inglês
Instituição:
Universidade de Pernambuco (UPE)
Currículo:
Já trabalhou em diversas escolas da rede pública e particular nos níveis Fundamental e Médio e Técnico. Atualmente trabalha como professor de Língua Portuguesa, Literatura e Produção de Texto para preparatórios em Recife, região metropolitana, além de algumas cidades do interir do estado. Além da língua nativa, tem noções de Inglês e Espanhol.
Importância da Linguagem
Palavra é vida: no mundo do conhecimento, do trabalho, da pólis, das relações mais humanas e íntimas, ela está lá. As coisas do mundo só o são através das palavras. Desde a vida prática até a expressão de nós mesmos, ei-la: a palavra.
“Seja como for, todas as "realidades" e as fantasias" só podem tomar forma através da escrita, na qual exterioridade e interioridade, mundo e ego, experiência e fantasia aparecem compostos pela mesma matéria verbal; as visões polimorfas obtidas através dos olhos e da alma encontram-se contidas nas linhas uniformes de caracteres minúsculos ou maiúsculos, de pontos, vírgulas, de parênteses; páginas inteiras de sinais alinhados, encostados uns nos outros como grãos de areia, representando o espetáculo variegado do mundo numa superfície sempre igual e sempre diversa, como as dunas impelidas pelo vento do deserto.” (Ítalo Calvino - Seis Propostas para o Próximo Milênio - São Paulo, Companhia das Letras, 1990)
Certa vez, o homem, ávido do sublime, do iluminar a miséria que nós somos, atou-se à palavra construir um novo mundo, uma nova existência... surge então a Literatura:
“A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se fossem dados: adoro a fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento. Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o invólucro mais fino dos nossos pensamentos.” (Clarice Lispector - A descoberta do mundo Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984)